28 agosto, 2008

Amigdalite, NÃO OBRIGADO!


Definição: Distúrbio que consiste na inflamação das amígdalas, (dor de garganta).
Causas, incidência e factores de risco:

As amígdalas são nódulos linfáticos localizados na parte posterior da boca/em cima da garganta. Elas ajudam a impedir a passagem de bactérias e outros microorganismos de forma a prevenir infecções no corpo. Podem ser invadidas por infecções bacterianas ou virais a ponto de inflamarem, causando a amigdalite. A infecção pode atingir também a garganta e áreas ao seu redor, causando uma faringite. A amigdalite é extremamente comum, especialmente em crianças.

Sim, eu tive algumas em crianças, mas nunca pensei chegar a este ponto na minha idade... duas bolas de golf enormes brancas na boca e dolorosas. Fiquei na casa da minha amiga e ela lutava contra mim porque me queria baixar a febre e disse:
Amiga: - Rita, vou-te dar um banho de água fria para te baixar a febre!
Ring: - Tás doida, tou a tremer de frio e com arrepios e tu ainda queres que vá para debaixo de àgua! Não!!!!
Amiga: - Tás com 38,8 de temperatura queres começar a ter convulsões????
Ring: - Convulsões!!!! Hein, o que queres dizer... (e antes que ela dissesse duas vezes... decidi fazer o que ela me pedia e fui meter-me na àgua fria! ui)
Recorri à ajuda médica quando vi que não conseguia mais suportar as dores... disse:
Ring: - Ok, isto agora... já não é normal!!! :(
Acabei por ir ao Catus, que não estava aberto durante o fds, de seguida fui ao hospital da zona, passei pela triagem, vista por uma enfermeira à qual diagnosticou uma amigdalite e disse:
Enfermeira: - Vou-lhe receitar um antibiótico de penincilina e uns comprimidos para alíviar as dores e baixar a febre. É alérgica a alguma coisa??? À penincilina?
Não sabia e acabei por receber a injecção e andar pelo hospital durante 30 minutos para receber um contra-efeito caso fosse alérgica. Fui para casa, mais alíviada. Mas não passou, aliás continuou a piorar e a febre não cedia. A minha amiga, telefonou, consultou a net, investigou e achou que não era possível não ter melhorado e disse:
Amiga: - Rita, vamos a outro Hospital!
Ring: - Outro Hospital!!! Oh Não, lá ia eu passar pelo mesmo... mas como não estava bem... here we go again!
Já no hospital o médico pede:
Médico: - Deite a língua de fora (vem direito a mim com um pauzinho na mão... "memories")
Ring: - Não é preciso o pauzinho. (disse com cara de enjoada) :(
A amiga assiste à consulta, com ar preocupado... despejei o saco de medicamentos e o guia de tratamento para ele perceber o meu historial médico para cima da secretária dele.
Médico: - UUUUUUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIIII!!!! Amigdalite e das más!!! (Acenando com a cabeça de um lado e para o outro). Bem, relativamente ao tratamento que você está a fazer das duas injecções de penincilina lenta, vamos juntar mais três de efeito rápido. Fica de baixa até Quinta-feira!
Pensei eu, f**** ga-se 5 injecções, mas eu detesto injecções... por favor, tirem-me deste filme!!!!
Bem como sou uma linda menina fiz o tratamento e fiquei com o meu rabinho tipo um queijo suiço e dorida. Estou orgulhosa do meu corpo, porque, além de ter batalhado imenso para combater a infecção, batalhou contra o mau sistema de saúde em Portugal...
Pois num centro de saúde recusaram-me dar uma das injecções. Noutro fechavam a clínica à 13h da tarde...horário de verão, outro recorri a uma enfermeira que umas amigas conheciam para me dar a injecção. E noutra a farmácia não tinha o antibiótico, mas ligam para eu ir buscar e quando lá chego, não tinham!
Farmacêutica: - Afinal o stock acabou... veja noutra ali mais à frente.
lololol isto é de loucos!
Mas sobrevivi e agradeço à minha amiga que não desistiu de ficar ao meu lado e de me tratar... obrigado pelo chás e cama, o sumo de laranja e as minhas queixas. Obrigado R. e TB PELO BANHO, embora não cheira-se mal!

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10 agosto, 2008

Morrer conscientemente...


Soltei "O Grito", sim... aquele grito do quadro de Munch... aquele horripilante som que nos deixa num vazio, para o qual se morre... para o qual me apercebo que deixei de criar ... e me leva para dentro, introspectivamente para dentro do Eu. Enfrento uma frase que leio com atenção e preencho com cores que nunca antes teria seleccionado, porque são negras e escuras... "A imaginação cria o medo, por isso, nada temo." Tenho-me sentido diferente... observadora, menos comunicativa, a verdadeira ouvinte do exterior, do que me cerca. Sinto-me uma estranha! Uma morte lenta ... a música que quero é o som do mar, esse que me embala e leva nas ondas como se embala um berço e que limpa a alma de qualquer um! Quero um barco e um rumo sem destino, pois, neste preciso momento desejo-me perder na sua imensidão, no seu azul. Apenas morrer como seus braços na praia... de cansaço, de tanta correria, de tanta mudança física e espirítual.
Quero morrer e ressuscitar para uma vida que mereço viver... quero chorar tudo e tornar o mar ainda mais salgado e deixar para trás o passado. Talvez regressar mais viva, mais alegre, como se houve uma nova estrela nos céus, um novo big-bag se tratasse. Quero ser aquela heroína das histórias da Marvel, que depois de muito mal tratada e desaparecida em combate, renasce das cinzas, como uma folha em branco, nua para uma nova vida, com novos super-poderes. Novinha em folha para acabar de vez com a opressão desta rotina do dia-à-dia: casa-trabalho-trabalho-casa. UFF! Basta digo EU... e assim quero morrer conscientemente para me erguer.

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